Imagine se, de repente, você sofresse uma queda de cabelo em uma ou mais partes do couro cabeludo? Ou que o mesmo ocorresse com áreas antes cobertas por pelos? Esses locais, por sua vez, ficam “falhos”, tornando-se completamente calvos. A explicação para esse tipo de ocorrência é chamada alopecia areata.
Neste artigo, explicamos o que é a doença e porque é tão importante tratá-la. Para descobrir, continue a leitura!
Qual é a incidência do problema?
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), não existe uma estatística oficial sobre o número de brasileiros acometidos pela alopecia areata. Estima-se, porém, que 1% da população irá manifestá-la em algum momento da vida.
Não raro, a constatação surge por intermédio do cabeleireiro ou de alguém próximo à pessoa. Isso porque, muitas vezes, a própria não percebe tais “falhas” — especialmente, quando essas estão na nuca, escondidas em meio a uma grande quantidade de cabelos.
Mas, o que é a alopecia areata?
Basicamente, na alopecia areata há um ataque do sistema imunológico aos folículos pilosos (estruturas onde se formam os fios). Portanto, trata-se de uma doença autoimune e que, na maioria das vezes, se processa assintomaticamente. Dito de outra maneira, perdem-se tufos de cabelos (ou de pelos) de maneira abrupta.
As áreas afetadas por esse tipo de calvície, geralmente, ficam distantes entre si, resultando em falhas circulares ou ovaladas, completamente lisas e brilhantes, com coloração de pele normal. Outra característica comum é a facilidade com a qual os cabelos ao redor das placas alopecicas se soltam ao serem levemente puxados.
Em alguns casos, nas fases agudas da doença, as lesões podem se tornar levemente inchadas ou eritematosas. Algumas pessoas apresentam, ainda, prurido discreto ou sensação de dor ou ardor no local. No entanto, com o avanço do tempo, todos esses sinais desaparecem.
Quem está sujeito a desenvolvê-la?
A condição pode atingir qualquer faixa etária (de crianças a idosos) e não tem predileção pelo sexo masculino ou feminino, nem por uma etnia específica. Na CRLAB, clínica especializada em cuidados com a saúde dos cabelos, localizada na capital paulista, por exemplo, há pacientes com alopecia areata de todas as idades. Mas, estima-se que, em 60% dos casos, o problema surja ainda na juventude, antes de completarem 20 anos.
Quais são as causas da doença?
Outro ponto relevante é que, ao contrário do que muita gente pensa, a doença não se manifesta, exclusivamente, no couro cabeludo. Ela pode atingir outras regiões do corpo, tais como as sobrancelhas, os cílios, a barba ou qualquer local onde existam pelos.
Importantes estudos continuam sendo realizados para investigar as causas precisas da alopecia areata. Até o momento, há fortes indícios de que exista uma predisposição genética para o seu surgimento.
No entanto, essa não é uma condição obrigatória para a manifestação da doença. “Há pessoas que não têm qualquer caso na família. Nesses pacientes, a alopecia areata pode ter sido desencadeada por um gatilho emocional”, explica a Dra. Isabela Assumpção, uma das especialistas da equipe médica da CRLAB.
Em outros casos (a minoria), também há uma associação entre o aparecimento das placas circulares calvas e a presença de outras doenças autoimunes. É o que ocorre com as seguintes comorbidades:
- distúrbios da tireoide;
- diabetes;
- vitiligo;
- lúpus eritematoso sistêmico (LES).
Doenças infecciosas e traumas físicos também podem desencadear ou agravar o quadro. Por último, há ainda o estresse — mas, esse só é considerado um fator de risco importante em indivíduos predispostos geneticamente. Neles, um evento estressante pode ser, realmente, capaz de desencadear a doença.
Quais são as possibilidades de retrocesso ou de avanço?
Infelizmente, é impossível prever o curso da alopecia areata. Nela, existe tanto a possibilidade de remissão quanto a de evolução da doença.
Remissão espontânea
Quando não há o comprometimento cutâneo, a área calva consegue manter os folículos pilosos vivos. Sendo assim, eles se encontram apenas inativos, por conta da inflamação.
Nesses casos, é possível que os mesmos tornem a crescer sem a necessidade de qualquer tratamento (embora realizá-lo seja altamente recomendável — mais abaixo, entenda o porquê).
A repilação (retorno dos fios) pode ocorrer totalmente em semanas ou dentro de alguns meses. No entanto, em alguns casos, os cabelos e/ou pelos podem nascer brancos e finos, para, somente depois, repigmentarem-se e retomarem sua consistência normal.
Progressão
Em caso de progressão da doença, ocorre que, com o surgimento de novas lesões, essas aumentam a ponto de se unir. O resultado é a perda completa dos fios, condição chamada de alopecia areata total.
Há, ainda, situações extremas, nas quais todos os cabelos e pelos do corpo caem. Nesses casos, trata-se da alopecia areata universal, a qual ocorre em cerca de 5% dos pacientes afetados pela condição.
Como é o tratamento das áreas alopecicas?
Apesar de não ser curável, a alopecia areata não só pode como deve ser tratada. Isso porque, muitas vezes, as pessoas acometidas ficam com vergonha. Não raro, há quem chegue a se privar do convívio social, por se sentir inseguro(a).
Sendo assim, as indicações de tratamento, assim como a realização do correto diagnóstico, devem ser feitas por um profissional qualificado na área. Nesse caso, ninguém melhor do que um dermatologista com especialização em tricologia (subespecialidade dedicada às patologias do couro cabeludo).
Dito isso, as terapêuticas indicadas para a condição podem ser:
- tópicas (uso de loções com minoxidil, corticosteroides e/ou antralina);
- sistêmicas (ingestão de medicamentos orais);
- e/ou infiltrações intralesionais (injeções de corticoides).
Segundo a SBD, seja qual for a conduta escolhida, o processo é longo e o acompanhamento médico deve ser contínuo. O objetivo do tratamento é controlar o avanço da doença e, se possível, reduzir as falhas já existentes, estimulando os folículos pilosos a produzirem cabelos e/ou pelos novamente.
Vale destacar, ainda, que embora a condição seja benigna, ou seja, não considerada clinicamente grave, ela pode ter um imenso impacto sobre o estado emocional. Portanto, recomenda-se que o tratamento seja conduzido por uma equipe multidisciplinar, a qual inclua a presença de um psicólogo. Afinal, esse profissional está apto a ajudar o(a) paciente a lidar com os possíveis efeitos decorrentes da patologia. Sabe-se que, muitas vezes, ela causa prejuízos à autoestima e, consequentemente, à qualidade de vida.
Onde encontrar bons tricologistas?
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Caso ainda haja alguma dúvida sobre o assunto, não se preocupe. Entre em contato pelo telefone (11) 5506-4777 ou WhatsApp (11) 99586-0584 para que possamos ajudar!
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