Você sabia que um novo medicamento para calvície (do tipo alopecia areata grave) acaba de ser aprovado nos Estados Unidos? Trata-se do baricitinibe — princípio ativo comercializado sob o nome de Olumiant® e fabricado pela farmacêutica norte-americana Eli Lilly and Company.

Neste artigo, explicamos como a medicação funciona e quais são as alternativas para tratar as diversas causas por trás da queda dos cabelos já disponíveis no Brasil. Continue a leitura e tire suas dúvidas!

O que é e para que serve o baricitinibe?

Estima-se que a perda repentina de partes dos cabelos, conhecida como alopecia areata, calvície irregular ou manchas calvas, afete cerca de 2% da população mundial. Recentemente, a agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o uso de comprimidos diários de baracitinibe para tratar adultos com quadros graves da doença (novidade ainda indisponível aqui no Brasil).

O problema pode se manifestar tanto em homens como mulheres, acometendo, principalmente, adultos jovens. Ele é considerado uma reação autoimune, na qual as células de defesa do organismo atacam os folículos pilosos (estruturas onde os fios se formam). Com isso, leva à queda dos cabelos e, por vezes, até mesmo dos pelos corporais (condição chamada de alopecia areata universal).

Diferencial

O baracitinibe é o primeiro medicamento oral para tratar a alopecia areata severa. Na prática, ele impede o sistema imune de atacar os folículos pilosos, por meio de um tratamento sistêmico (o qual alcança o corpo todo).

Vale destacar que esse remédio era indicado, desde 2018, para pacientes adultos com artrite reumatoide ativa (moderada a grave). Depois, passou a ser administrado, também em parte dos hospitalizados com Covid 19. Mas, a designação como medicamento para calvície (do tipo alopecia areata severa, especificamente) foi concedida pela FDA, apenas, em junho de 2022.

Eficácia comprovada

Estudos mostraram que o uso do baracitinibe como medicamento para queda de cabelos fez os fios voltarem em mais de 35% dos pacientes que tinham perdido, pelo menos, metade deles em decorrência da doença. Após a 36ª semana de uso, a cobertura capilar foi restabelecida em, pelo menos, 80% da cabeça, comprovando que a droga é segura e eficaz.

Uma dentre tantas provas é o caso de uma paciente com 60 anos de idade, diagnosticada com alopecia areata universal. Ela realizou o tratamento exclusivo (monoterapia) com baracitinibe e apresentou melhora de 97% do crescimento dos fios no couro cabeludo, após somente oito meses de uso.

Possíveis efeitos colaterais

Em relação aos efeitos colaterais, eles se mostraram pouco incidentes. Mas, de qualquer forma, os pacientes que receberam baracitinibe nos Estados Unidos ainda serão observados por 200 semanas. Isso é necessário para a coleta de informações sobre possíveis reações adversas de longo prazo.

Até o presente, foram constatados alguns casos leves e facilmente tratáveis (ou com remissão espontânea) de:

  • infecções do trato respiratório (superior e/ou inferior);
  • infecções urinárias;
  • dores de cabeça;
  • acne;
  • foliculite;
  • colesterol alto;
  • aumento da creatinina fosfoquinase (ligada a doenças musculares);
  • elevações das enzimas hepáticas;
  • fadiga;
  • náuseas;
  • candidíase;
  • queda no número de glóbulos vermelhos e brancos;
  • dor abdominal;
  • herpes zoster;
  • ganho de peso.

Quais são os tratamentos para alopecia areata disponíveis no Brasil?

A aprovação do baricitinibe para alopecia areata ainda não foi concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mas, encontra-se em análise. A previsão é que o uso do medicamento com essa finalidade seja permitido no país em 2023. Por isso, ainda não é oferecido na CRLAB e não indicamos a administração do mesmo sem recomendação médica.

No Brasil, por enquanto, os tratamentos para alopecia areata costumam ser feitos com:

  • aplicação de corticosteroides injetáveis ou produtos tópicos à base de minoxidil, ambos nas áreas afetadas;
  • administração oral de metotrexato, geralmente, combinado ao uso de corticosteroides;
  • uso de outros tipos de inibidores das enzimas janus quinase (inibidores de JAK), medicamentos empregados em tratamentos de diversos distúrbios autoimunes.

Seja qual for a escolha, a terapêutica é sempre individualizada, com base no quadro apresentado por cada paciente. Essa definição fica a cargo do médico tricologista.

Onde tratar queda de cabelos, calvície e outras patologias do couro cabeludo?

CRLAB, maior clínica de estética e saúde capilar do mundo, inaugurou em 2021 uma unidade em São Paulo, SP. Aqui, oferecemos tratamentos inovadores e personalizados para problemas do couro cabeludo. Além disso, também realizamos transplantes capilares com as técnicas FUE e CNC.

Assim, para saber se existe algum medicamento para queda de cabelos e/ou outras alternativas indicadas para você, o primeiro passo é se consultar com uma de nossas tricologistas. A especialista fará uma avaliação completa para determinar o diagnóstico e, só então, poderá indicar a estratégia terapêutica mais efetiva para o seu caso. Se for o baricitinibe, como explicado, muito em breve ele estará disponível no mercado nacional!

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