Comercializado com os nomes de “Propecia®” e “Finalop®”, entre outros, o medicamento à base de finasterida (princípio ativo) é bastante conhecido pela sua eficácia no tratamento da calvície hereditária, cientificamente chamada de “alopecia androgenética”.
A alopecia androgenética se caracteriza por um progressivo afinamento e miniaturização dos fios, com consequente rarefação capilar. Em outras palavras, trata-se do tipo de calvície que provoca aquele aspecto de “cabelo ralo”, com falhas, e que pode acometer tanto homens quanto mulheres.
Como surgiu a finasterida?
Inicialmente, a finasterida foi desenvolvida para tratar homens que sofriam de hiperplasia prostática, isto é, homens nos quais fosse constatado o aumento da próstata (o que provoca o estreitamento da uretra e, desse modo, a dificuldade para urinar).
No entanto, o que chamou atenção da própria indústria farmacêutica que primeiramente lançou a finasterida no mercado (a Merck) foi o efeito que essa substância estava provocando nos pacientes, que passaram a verificar um significativo aumento no crescimento dos próprios pelos e cabelos. Assim foi que a Merck decidiu investir no estudo da finasterida, que veio a se tornar a primeira pílula lançada para o tratamento da calvície masculina.
Como a finasterida deve ser utilizada? E qual o seu mecanismo de ação?
A posologia recomendada é de 1 comprimido de finasterida de 1 mg ao dia, com ou sem alimentos.
A ação da finasterida se dá pela sua capacidade de inibir especificamente a 5-alfa-redutase tipo II, enzima que converte a testosterona em di-hidrotestosterona (DHT).
Ao reduzir os níveis de produção do DHT, hormônio responsável pela miniaturização dos folículos pilosos, a finasterida evita o enfraquecimento dos folículos e, consequentemente, a perda acentuada dos fios.
Quais os possíveis efeitos adversos da finasterida? Ela causa mesmo impotência?
De acordo com as orientações apresentadas na própria bula do medicamento, mulheres em idade fértil ou grávidas não devem manusear comprimidos esfarelados ou quebrados de finasterida. Isto porque, ao inibir a conversão de testosterona em di-hidrotestosterona, a absorção do remédio por mulheres grávidas poderia causar anormalidades na genitália externa de fetos do sexo masculino, sendo essa a única restrição.
No que se refere ao seu potencial impacto na área da sexualidade, há controvérsias. Estudos, porém, indicam que não há aumento das chances de impotência com o uso dessa medicação. Exemplo disso vem de um no qual a administração da Finasterida foi avaliada em 945 homens tratados com essa substância, enquanto outros 934 receberam placebo, obtendo-se os seguintes resultados:
945 homens: finasterida
934 homens: placebo
diminuição da libido 1,8 % 1,3 %
diminuição da função erétil 1,3 % 0,7 %
Conforme é possível constatar, na comparação dos resultados não houve uma diferença percentual relevante entre os pacientes que administraram a finasterida e aqueles que ingeriram placebo.
Estou ficando calvo e me interessei pelo uso da finasterida. Posso comprar esse medicamento por conta própria?
Como todo e qualquer medicamento, a finasterida só deve ser utilizada conforme a prescrição médica.
Um dos seus laboratórios fabricantes ressalva: “Todas as informações contidas na bula de Finasterida 1 mg têm a intenção de informar e educar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um profissional médico ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Decisões relacionadas a tratamento de pacientes com Finasterida 1mg devem ser tomadas por profissionais autorizados, considerando as características de cada paciente”2.
Assim, levando-se em conta as características de cada pessoa, é necessário que, antes do início de qualquer tratamento, a causa da calvície seja corretamente diagnosticada.
Em se confirmando a alopecia androgenética, a finasterida pode ou não ser recomendada, a depender da avaliação que o médico fará a respeito de cada paciente. Até porque, da mesma forma como em relação ao minoxidil (medicamento de uso tópico), a finasterida, isoladamente, não resolve por completo o problema da calvície.
Como proceder, então, para saber se devo ou não usar a finasterida?
As indicações de tratamento com a finasterida, assim como a realização do correto diagnóstico, devem ser feitas por um profissional qualificado na área, que é o médico dermatologista – preferencialmente, aquele com conhecimento em patologias do couro cabeludo.
Para dermatologistas com conhecimento em patologias do couro cabeludo, você também pode contar com a equipe médica da CRLAB, que realizará uma avaliação completa e, claro, indicará o tratamento mais efetivo para o seu caso – que pode ou não incluir a finasterida.
Se deseja agendar uma consulta com um time de especialistas com comprovada experiência na área, entre em contato pelos telefones (11) 5506-4777 ou (11) 99586-0584 (WhatsApp).